Nem sempre é como pensamos

A internet guarda coisas lindas, gratificantes e saudáveis de se ler. Estava eu em uma pesquisa que faz parte do meu estudo para o vestibular. Pesquisava sobre o provérbio: Por fora, bela violar; Pó dentro, pão bolorento, quando entrei num site de perguntas e respostas. O mesmo explica o provérbio com uma linda história, que mesmo que não seja verdadeira, merece ser lida por muita gente, a mesma ensina uma linda lição de respeito e valorização para com as pessoas. Boa Leitura.

Por: Luka Severo.


Num orfanato, igual a tantos outros que existem por toda parte, havia uma pobre órfã, de oito anos de idade.
Era uma criança lamentavelmente sem qualquer beleza, dentes feios, cabelos desalinhados, de maneiras tímidas, quase não sorria muito quieta e desajeitada, nem inteligente, nem burrinha, só um mais alguém. Era, pois evitada pelas outras, e francamente malquista pelos professores. Como uma sombra vivia naquele orfanato.
Por essa razão, a pobrezinha vivia no maior isolamento. Ninguém para brincar, ninguém para conversar... Sem carinho, sem afeto, sem esperança... Sua única companheira era a solidão.
A diretora do orfanato aguardava ansiosa uma desculpa legítima para livrar-se dela, pois a menina era um fardo visual. E um dia apresentou-se, aparentemente, uma boa desculpa. A companheira de dormitório da menina informou que ela estava mantendo correspondência com alguém de fora do orfanato, o que era terminantemente proibido.
Agora mesmo, disse a informante, ela escondeu um papel numa árvore. A diretora e sua assistente mal puderam esconder a satisfação que a denúncia lhes causara.
Vamos tirar isso a limpo agora mesmo, disse a superiora. E, somando-se à assistente, pediu para que a testemunha do delito as acompanhasse a fim de lhes mostrar a prova do crime.
Dirigiram-se os três, a passos rápidos, em direção à árvore na qual estava colocada a mensagem.
De fato, lá estava um papel delicadamente colocado entre os ramos. A diretora desdobrou ansiosa o bilhete esperando encontrar ali a prova de que necessitava para livrar-se daquela criança tão desagradável aos seus olhos. Todavia, para seu desapontamento e remorso, no pedaço de papel um tanto amassado, pôde ler a seguinte mensagem: "A qualquer pessoa que encontrar este papel: eu gosto de você.”.
As três investigadoras ficaram tão decepcionadas quanto surpresas com o que leram. Decepcionadas porque perderam a oportunidade de livrar-se da menina indesejável, e surpresas porque perceberam que ela era menos má do que eles próprios.
Quantos de nós costumamos julgar as pessoas pelas aparências, embora saibamos que estas são enganadoras. E o pior é que, se as aparências não nos agradam, marcamos a pessoa e nos prevenimos contra ela e suas atitudes. Uma antiga e sábia oração dos índios roga a Deus o auxílio para nunca julgar o próximo antes de ter andado sete dias com as suas sandálias.
Isto quer dizer que, antes de criticar, julgar e condenar uma pessoa deve nos colocar no seu lugar e entender os seus sentimentos mais profundos.
Há aqueles que talvez queiram esconder de si mesmos, suas emoções para protegerem-se dos sofrimentos que a sua lembrança lhe causaria.
Autor Desconhecido

Nenhum comentário: