Crianças com câncer ensinam a arte de viver apesar da dor

Assistindo a uma reportagem com as crianças do GRAAC exibida no programa Balanço Geral, com Geraldo Luiz, na Rede Record eu tive a confirmação para as conclusões que eu havia tomado. Choramingar não é a melhor forma de resolver as coisas, temos que arregaçar as mangas e fazer render o pouco que se tem.
Todos estamos sujeitos a altos e baixos na vida. Sempre tem aquele dia que nos dá vontade de desistir, jogar tudo para cima e sumir, mas logo as coisas se resolvem e vemos que as coisas não são bem assim. Mas já pensou se em um dia desses acordarmos e descobrimos que estamos com uma doença grave que pode nos levar a morte? Desesperador não é? Essa é a realidade de muitas crianças que todos os dias têm de enfrentar o drama de conviver com a dúvida de esse ser o seu último dia de vida, ou não. Crianças que logo no começo da vida têm que aprender a lidar com uma situação que muitos adultos não estão preparados para enfrentar: o drama do Câncer.
O câncer é definido como um tumor maligno, mas não é uma doença única e sim um conjunto de mais de 200 patologias, caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais (malignas) e como conseqüência ocorre a invasão de órgãos e tecidos adjacentes envolvidos, podendo se disseminar para outras regiões do corpo, dando origem à tumores em outros locais. Essa disseminação é chamada de metástase. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
Por acaso liguei a TV no Programa Balança Geral com Geraldo Luiz e já estava começada uma reportagem com as crianças do GRAAC. A mesma tratava das crianças que são tratadas no Grupo de Apoio a Criança com Câncer. Eu estranhei, pois estavam todos, inclusive as crianças, rindo como se nada estivesse acontecendo. Poxa, será que eles não percebiam que suas vidas estava por um fio? Eles compreendiam sim, mas o que eles podiam fazer? Se trancar em casa e se desesperar? Isso adiantaria? Afinal, como o apresentador dizia sempre no decorrer da reportagem “a vida vale a pena sempre, a doença existe, mas o que existe acima de tudo é a esperança e o amor. Não adianta reclamar da vida”. Fiquei muito emocionado em ver crianças falando de uma coisa bastante complexa com toda a naturalidade do mundo, como se não fosse com eles. Uma das crianças foi questionada: “De onde vem à força para suportar a noticia de que se está com câncer?” e ela sem pensar respondeu que a força vinha de Deus. E a gente via que Deus estava no brilho do olhar de cada uma delas, em cada sorriso que se mostrava na tela de minha televisão.Depois de tudo conclui que nada que aconteça na vida é para sempre, as coisas sempre vão e vêm como que para nos preparar para saber lidar com elas. Tudo com o que nos deparamos nada mais é do que uma forma de aprendizado, não há dor que não nos faça aprender uma coisa que nos seja útil na caminhada da vida, por maior que seja o sofrimento um dia ele passa e isso nos prepara para no futuro sabermos como lidar com o que vier sem desespero e com sabedoria. Basta que tenhamos discernimento e vontade de crescer, portanto podemos perceber que o câncer maior em nossas vidas é o comodismo, às vezes esperamos que as coisas caiam do céu quando na realidade isso nunca vai acontecer, a única coisa que ainda cai do céu é a chuva e ela quando mal usada causa tragédia na vida de muita gente.

Luiz Severo.

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