Vida...
Correria... gente... barulho...
Medo, insegurança...
Ter que acordar, às vezes, parece aterrorizante.
Ter que abrir os olhos, despertar para a vida,
Para os problemas, para o medo, as obrigações,
As cobranças, os muitos erros e os quase nenhum acertos...
Ah, os erros evidentes e os acertos obscuros, é sempre assim
Acerta-se pouco ainda que sejam muitos e erra-se muito ainda
Que sejam poucos ou nenhum... por isso, ter que levantar,
Despertar, é doloroso, deixar o macio da cama, o aconchego
do travesseiro
E o lúdico dos sonhos para andar sobre as pedras pontudas da
realidade que nos
Sermos o que somos...
Ah!, a cruel realidade nos faz esquecer que somos feitos de
sentimentos,
Que temos lágrimas, que temos sonhos e que somos os nossos
sonhos...
Essa espinhosa realidade faz com que percebamos que somos levados
a ser
“aquilo” que querem que sejamos, e não o que somos de
verdade.
Ah!... despertar dói. Fere. Sangra. Faz com que todos os
nossos sonhos sejam derramados
Juntos com a crença de um dia menos ruim.
Acordar, sair de casa e andar até seja lá onde for... uma
decisão complicada de se tomar.
Mas o que conta, o que realmente conta é que o sonho nunca
sai de nossas mentes,
E faz com que, mesmo durante a velocidade do carro e
sufocados pelo vento que está indo
Na direção contrária, nós não desistamos perceber a
sensibilidades das cores do céu.
Do encontro do dia com a noite e da continuidade de um ciclo
vital que segue, fugindo de nossas mãos o poder de decidir como será o futuro,
seja ele a longo ou a curto prazo.
(Luka Severo)
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