O sentido da vida.


Sabe, prestando bem atenção nas coisas vejo que ninguém está aí com nada. Todo mundo só se importam consigo mesmo e os outros que se danem. Esses dias eu estava indo pra minha casa e no meio da estrada vinha um cachorro que já aparentava não andar direito. Eu avistei que de longe vinha um carro e fiz sinal para o cachorro para que ele saísse do meio da estrada. Ele saiu, mas por instinto, eu acho, voltou novamente. Acabou sendo atropelado pelo carro. A batida não foi tão forte porque o cachorro continuou vivo, mas naquele mesmo momento, junto com as lagrimas que eu não sei por que banhavam meu rosto, me vieram alguns questionamentos já que o motorista nem parou para ver em que tinha batido, ou até mesmo se tinha arranhado o carro. “Mas não era só um cachorro!”, você pode estar se perguntando, além de ser só um cachorro que nem eu sabia de onde tinha saído, era uma vida que estava ali diante de mim e do motorista. Deus se preocupou em criar igualmente a nós três. E ninguém para pra pensar nisso. Tratam a cada ser criado no mesmo lugar como se algum deles tivesse superioridade sobre o outro. E ninguém está nem aí. Talvez se eu tivesse ido tirar o cachorro com minhas mãos eu também hoje estivesse na cama de um hospital ou ocupando um pedaço de terra num cemitério. Talvez eu também não estivesse nem aí praquele cachorro...

Luiz Severo.

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